No texto "A IMAGEM", Octavio Paz discorre sobre os diversos sentidos e significações do termo "imagem", tanto sob a égide poética quanto lógica. Segundo ele, as imagens são construções poéticas (imagens, sons, fragmentos de palavras) que tem um modo particular de expressão. Esse modo de pensar a imagem, característico do Oriente, admite o princípio da contradição, admitindo várias características "excludentes" numa mesma imagem, tornando uma unidade. A poesia não descreve o mundo de forma técnica e sim de forma a refletir a condição humana, e de construir mundos imaginários. Tu és aquilo. Em contrapartida, o autor fala de outro modo de ver, o Ocidental, o pensamento científico que descreve e classifica o mundo e tudo que nele existe, sem se preocupar em compreender a condição humana. Tu és isto ou aquilo. Aqui não se admite contradição ou paradoxo. Apesar de todas as discussões filosóficas entre grandes pensadores, conclui-se que nenhuma das duas linhas de pensamento é capaz de definir IMAGEM, no sentido amplo e total de seu significado, cada indivíduo entende o sentido da imagem de acordo com sua experiência, o valor está no que não é dito e sim no que é vivido. O sentido é a própria imagem.
Soprar pedra? Só na poesia é possível
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