12 de out. de 2008

Contraponto crítico entre os textos da Folha de São Paulo e o de Carlo Ginzburg - Ticiano, Ovídio e Os Códigos da Figuração Erótica no séc. XVI.

Breve comentário acerca da censura à poesia visual erótica desde os tempos de Ticiano até hoje...
A apreciação de imagens, e a fantasia no mundo do erotismo são inerentes ao ser humano. Desde os tempos de Ticiano, por volta do século XVI, as imagens eróticas geraram celeuma para os ditames da Igreja Católica, que buscava manter hegemonia, regulando as ações do homem e buscando eliminar qualquer traço erótico que pudesse desvirtuá-lo. Por fim, essas imagens foram relegadas à apreciação para elite da época.
Muito tempo passou, pouco mudou. Hoje, cerca de 5 séculos seguintes, a censura ao erotismo continua, com suas discrepâncias. Enquanto em alguns locais não há controle, como na TV, nas novelas, seriados, e na internet, onde o acesso a todo tipo de conteúdo fica escancarado, crianças e adolescentes ficam à mercê da ação de pederastas, pedófilos, golpistas, etc; em outros, querem controlar demais.
Com todos esses perigos iminentes, recentemente uma escola “construtivista” do Rio de Janeiro, com aval dos pais, demitiu um professor poeta que escreve e estuda literatura erótica... Bela lição eles deram a seus filhos/alunos. Lição de censura intelectual, arbitrariedade e hipocrisia.
Será que se a indústria cultural adequasse essas poesias em suas fórmulas pré-concebidas e as transformassem em produto para sociedade de consumo eles protestariam? Quiçá até comprariam.
Mas sabe-se que, historicamente, a arte sempre teve seus perseguidores algozes. A impressão que se tem é que, parafraseando Elis Regina, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos ‘ancestrais’. Mas isso precisa mudar.
Imagem: Danielle Fortuna
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