28 de set. de 2008

Análise Sumária do texto de Ginzburg // por Islani Almeida

O autor Carlo Ginzburg pretende ao longo de seu texto, ressaltar a eclosão de efeitos funestos resultantes das pinturas libertinas a partir do século XVI, tendo como objeto de estudo as obras de Ticiano. Para tanto, faz uma breve recapitulação da história da imagem, na qual inicialmente fazia parte de uma época profunda e radical, a era do ídolo (invenção da escrita à imprensa), onde o homem mantinha uma relação de respeito e sagrado com a imagem. Com o advento do Renascimento, houve um repúdio ao caráter religioso, a imagem adquiriu uma natureza puramente icônica, com o intuito de proporcionar prazer e fruição ao espectador, fazer imagem agora, é ter um domínio técnico sobre ela. A partir de então, a imagem avança em direção as figurações eróticas, onde a mulher é usada como mero objeto sexual. A imagem lúbrica propõe um modo deliberado de excitar sexualmente o espectador-fruidor, que quer por sua vez, encontrar a eficácia do apetite sexual, assim como as imagens sacras são eficazes na piedade religiosa. A imagem, portanto passa a despertar no espectador fantasias secretas de gestos amorosos, enriquecendo sua imaginação erótica.



A Queda da Graça , 1508-1512. Michelangelo.




Leda, de Leonardo Da Vinci, 1519.



Retrato de mulher nua, de Rafael Sanzio (1518-1520)
Galleria Nazionale D'Arte Antica, Roma, Itália.







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